Como o secretário de gestão da prefeitura de Santos, Carlos Teixeira Filho
‘Cacá’, protela para entregar a proposta de acordo salarial, o sindicato dos
servidores municipais estatutários (Sindest) marcou assembleia para
quinta-feira da semana que vem (21).
“Cada hora o secretário diz uma coisa”, reclama o presidente do sindicato,
Fábio Marcelo Pimentel. “Para uns, disse que apresentaria a proposta ontem,
terça-feira (12). Hoje, quarta (13), disse ao jornal ‘A Tribuna’ que
entregará amanhã, quinta (14)”.
“O pior”, continua o sindicalista, “é que, para nós, do Sindest, não
apresenta data alguma. Como não sabemos quando ele finalmente entregará a
proposta encantada, marcamos a assembleia para a próxima semana. Esperamos
que, até lá, ele apresente o documento”
Fábio adianta que, caso o secretário entregue a proposta nesta quinta ou
sexta-feira (14 ou 15), a assembleia poderá ser antecipada para
segunda-feira (18). A assembleia será às 19 horas, no sindicato dos
trabalhadores em saúde, na Avenida Ana Costa, 70.

Semana
passada 
Em assembleia na quinta-feira da semana passada, (7), o sindicato recusou a
primeira proposta oficial da prefeitura, baseada no reajuste salarial pelo
índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA).
O índice para fevereiro, medido pelo instituto brasileiro de geografia e
estatística (IBGE), foi de 3,78%. Fábio Pimentel o considera “irrisório,
diante de perdas que beiram 90%”.
Em assembleia na primeira quinzena de novembro, os servidores reivindicaram
correção salarial com base nesse índice, mais 10% de aumento real, alegando
que perdas acumuladas.
Como a proposta da prefeitura não falou sobre aumento real, a assembleia
acatou proposta do presidente do sindicato de prosseguir com as negociações
na semana que vem.
“Se não podem dar 10%, que façam nova proposta”, diz o sindicalista.
“Estamos dispostos a negociar e também a encaminhar protestos contra a
correção apenas pelo índice inflacionário”.

Cesta-básica e
auxílio-alimentação
O segundo ponto do ofício da prefeitura citou reajuste de 5% no
auxílio-alimentação e na cesta-básica, que hoje correspondem,
respectivamente, a R$ 435,16 e R$ 280.
Como a pauta aprovada em novembro reivindica cesta básica de R$ 500, com
reajuste mensal, e 30 vales-refeições de R$ 35, a assembleia desta semana
autorizou o Sindest a continuar negociando.

Demais pontos
da contraproposta
Os demais itens da proposta da prefeitura, detalhados na assembleia, preveem
atendimento a várias reivindicações específicas do Sindest que vêm sendo
negociadas anteriormente.
Entre elas, a gratificação para os servidores que atuam nos cemitérios e aos
operadores sociais dos serviços de acolhimento, inclusive com revisão de
escala.
Mais: reenquadramento dos contadores, administradores e economistas. Estudo
para promoção e hora aula para os professores. Reenquadramento funcional dos
agentes de zoonoses.
Ainda: pagamento da participação direta no resultado (pdr) de 2017 e 2018.
Concurso interno para a guarda municipal. Capacitação dos guardas para
trabalharem armados.
Por fim, atendimento preferencial para pagamento de pecúnia aos servidores
que requerem o benefício no caso de doenças graves. Pecúnia é o valor de
licença-prêmio não gozada.
O Sindest representa os dez mil servidores e 5.600 aposentados estatutários
admitidos por meio de concurso público. “Temos a força necessária para
vencer a batalha”, finaliza Fábio.

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