Os 300 rodoviários da Santos Brasil Logística, que possui terminais no
bairro Alemôa, em Santos, e em Vicente de Carvalho, no Guarujá, ampliaram as
cláusulas do acordo coletivo para a data-base de março.
Em assembleia na noite desta sexta-feira (7), no sindicato dos trabalhadores
rodoviários de Santos, baixada e litoral, a categoria aceitou a terceira
proposta feita pela empresa desde março.
Em assembleia no mês retrasado, eles recusaram a primeira resposta patronal,
com reajuste salarial de 2,76%, e autorizaram a diretoria do sindicato a
continuar negociando com a empresa.
Em maio, eles aceitaram 3,94% nos salários, extensivo às demais cláusulas
econômicas, mas insistiram em alguns pontos referentes a condições de
trabalho.
Na tarde desta sexta-feira, a Santos Brasil enviou ofício ao
secretário-geral do sindicato, Eronaldo José de Oliveira ‘Ferrugem’,
atendendo quase todas as reivindicações.

Plano de
saúde mantido
Uma delas é a manutenção dos critérios para custeio do plano de saúde
familiar, que a empresa queria mudar, em prejuízo dos trabalhadores e
dependentes. 
Outro avanço diz respeito aos adicionais de insalubridade e periculosidade.
A empresa apresentará ao sindicato, em 60 dias, um laudo técnico para as
funções de manutenção.
O acordo estabelece ainda que as homologações de rescisões contratuais não
mais serão feitas na coordenação de recursos humanos da empresa, mas sim no
sindicato, com assessoria jurídica.
A contraproposta prevê também rediscussão das metas no programa de
participação nos resultados (ppr), com adequação até o final do ano.
“Lutamos e avançamos”, diz Ferrugem.
O vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’
conduziu a assembleia e destacou a participação dos trabalhadores na
campanha salarial.
“Mais uma vez”, disse o sindicalista, “mostramos que, mesmo nas condições
conjunturais adversas aos trabalhadores em nível nacional, é possível lutar
para não perder direitos e avançar”.

Greve de
sexta-feira
Ao final da assembleia, Ferrugem e Betinho falaram sobre a greve de
sexta-feira (14), contra a reforma da previdência. Ambos destacaram a
necessidade de participação dos trabalhadores.